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    Como o NIL e o Transfer Portal Estão Mudando o College Sports

    • Writer: Bruno Moreira
      Bruno Moreira
    • Sep 9
    • 3 min read

    Nos últimos anos, dois termos viraram protagonistas no esporte universitário americano: NIL e Transfer Portal. Se você acompanha College Football ou College Basketball, com certeza já esbarrou nesses termos. Eles estão por trás de mudanças que transformaram completamente o jeito que os atletas universitários vivem e competem.


    Hoje, o sistema universitário dos EUA é mais justo com os atletas, mas também mais instável. E dependendo do ponto de vista, até meio bagunçado.


    A revolução: atletas com mais controle e dinheiro no bolso

    Com o NIL (Name, Image and Likeness), atletas universitários agora podem lucrar com a própria imagem. Isso inclui parcerias com marcas, posts patrocinados, eventos, podcasts, vídeos no YouTube, o que for. E tem gente faturando alto: Bronny James, filho do LeBron, passou dos 5 milhões de dólares em acordos. Caitlin Clark virou garota-propaganda de marcas gigantes. Caleb Williams, antes mesmo da NFL, já era um nome milionário no college.

    O lado bom disso é óbvio: muitos jogadores que antes saíam correndo da universidade por necessidade financeira, hoje conseguem ficar mais tempo no college, se desenvolver com calma e chegar mais preparados no Draft. Também tem o lado humano da coisa — atletas universitários sempre movimentaram milhões para universidades e televisão, e agora, finalmente, podem ter uma fatia desse bolo.

    Já o Transfer Portal deu mais mobilidade. O atleta agora pode mudar de universidade sem precisar ficar um ano parado, como era antes. Muita gente aproveita para buscar mais tempo de jogo, melhores oportunidades ou até um novo começo em outro ambiente.


    Mas aí vem a parte complicada

    Com mais liberdade e grana circulando, o sistema também ganhou novos problemas. E o caso mais simbólico dos últimos tempos talvez seja o dos irmãos Iamaleava.

    Nico Iamaleava era quarterback titular de Tennessee, promessa de 5 estrelas, e levou o time até os playoffs. Mas depois da temporada, tentou renegociar seu contrato NIL, que já era milionário. Pediu mais. A universidade e os patrocinadores disseram não. Resultado? Entrou no Transfer Portal e foi pra UCLA, onde teria aceitado até menos dinheiro, mas com mais “potencial de mercado”.

    A história ficou ainda mais esquisita quando seu irmão mais novo, Madden, que estava em Arkansas com um contrato NIL de 500 mil dólares, também pulou fora (sem jogar um snap oficial sequer) e foi se juntar a Nico em UCLA. Agora, o coletivo que financiava o acordo em Arkansas quer reaver o dinheiro, alegando quebra de contrato.

    Esse tipo de movimentação mostra como o college sports virou, de certa forma, uma espécie de “free agency universitária”, com atletas mudando de time conforme as cifras, e não só pelos motivos esportivos ou acadêmicos.


    Quem tem menos dinheiro, sofre mais

    Programas médios e pequenos estão sendo os mais prejudicados. Universidades sem torcida grande, sem coletivo de NIL estruturado ou sem tradição na mídia estão perdendo seus principais jogadores ano após ano. Desenvolvem talentos, colocam pra jogar... e veem esses mesmos atletas irem embora para os gigantes da SEC, Big Ten, ACC.

    Técnicos estão com dificuldades reais de montar elencos duradouros. Muitos dizem que hoje, cada offseason é como reconstruir tudo do zero. E isso afeta a qualidade do jogo, a cultura dos programas e até a vida acadêmica dos atletas.


    Tá faltando regra! E o assunto virou político.

    Cada estado tem sua lei de NIL. A NCAA, por enquanto, tem feito vista grossa. O resultado é um cenário onde quem tem mais dinheiro e estrutura sai muito na frente. Programas ricos fazem o que querem. Os outros que se virem.

    Técnicos como Nick Saban e Deion Sanders já pediram publicamente uma padronização nacional. Saban, inclusive, levou a discussão até Donald Trump em um evento recente no Alabama. E há rumores de que o ex-presidente estuda propor uma ordem executiva pra tentar organizar essa história toda.

    Mas esse tipo de intervenção pode gerar briga com o Congresso, com a Justiça, com as próprias universidades. O buraco é mais embaixo.


    E agora?

    O esporte universitário precisava mudar. Era injusto que atletas gerassem milhões para o sistema e saíssem de mãos vazias. O NIL corrigiu isso. O Transfer Portal deu mais voz aos jogadores.

    Mas agora é hora de buscar equilíbrio. Porque sem regras, o que era liberdade vira bagunça. E o college sports pode acabar perdendo aquilo que sempre teve de mais especial: a identidade.



    O que você acha disso tudo?

    Estamos vivendo uma evolução justa ou uma corrida maluca por dinheiro?

    Comenta aí, manda pra aquele amigo que adora college football e bora trocar ideia.

     
     
     

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